Quando o "Eu não sou tudo o que quero ser" estava em exibição eu não consegui assistir. Estava em um período cheio de compromissos (daqueles que a gente insiste em tentar ser tudo o que quer ser). Achei a sinopse interessante e foi isso. Mas, depois, em vários momentos da minha vida essa mesma frase vinha na minha cabeça "eu não sou tudo o que quero ser" e lembro da produção da Libuše Jarcovjáková (que eu ainda não assisti) e sempre uma foto em preto e branco vem na minha mente (que vi na divulgação).
Cada vez que isso me passa pela cabeça, parece que compartilho uma constatação leve da vida - triste apenas na medida do nosso apego, poética na suficiência das nossas estéticas. Cada vez que não consigo seguir meu compromisso de ir à academia, cada vez em que a minha lista de filmes para ver ou livros para ler me prova que eu nunca darei conta, cada vez que acendo um cigarro e me dou por rendido à completa aceitação de que "eu não sou tudo o que quero ser".
Na tradução mais literal parece que o título ficaria "Ainda não sou quem eu quero ser". Acho que pessoalmente eu prefiro a tradução. Gosto da afirmação de "Eu não sou o que quero ser". E gosto da palavra "quero" no lugar de "posso". Acho que dá um conflito interessante em a gente não ser quem quer ser e ao mesmo tempo ao ser o que a gente ja é - somos profundamente o que queremos, mesmo que mais guiados pelo nosso inconsciente do que aquele querer consciente: recortado e clivado na cultura e nas percepções racionais. Bem, o lance é dar um jeito logo de encontrar esse filme para assistir (e agora, como? onde?).
Que grata surpresa ao dar um Google encontrar este seu texto. Tão bonito, tão interessante, tão conectado com o que entendo ser o papel da arte na vida ordinária - pelo processo de (e não pelo resultado de). Vou te acompanhar! Um beijo.
tão feliz que cai nesse texto! amei a reflexão sobre a nossa necessidade tão pulsante de documentar a vida e, por ter sido apresentada ao documentário, não vejo a hora de assisti-lo! p.s. como eu não sabia desse site do Sesc cinema em casa???? MUITO obrigada!!!!
Esse site do sesc é incriveeeel! Tem sempre muito filme bom lá que a gente não acha fácil em outros lugares. Muito obrigada, Isis! Que bom o texto te encontrou também ❤️
Esse livro da Susan Sontag está aparecendo à todo momento pra mim, seja na Internet ou na vida fora dela, sinal de que preciso o ler. Adorei o texto e suas reflexões, fiquei muito curiosa pelo filme! 🤩
Hahaha ele é ótimo! E ainda mais nos tempos de hoje com as imagens sendo tão presentes na nossa vida, continua tão atual quanto antes. As vezes fico tentando imaginar o que a Susan Sontag pensaria das redes sociais haha 👀
Acabei de ler a edição e fui assisti o doc. Volto agora para agradecer, tanto o texto quanto a indicação do filme. Adorei. Em alguns momentos me lembrou algumas reflexões de A paixão segundo G.H.
Quando o "Eu não sou tudo o que quero ser" estava em exibição eu não consegui assistir. Estava em um período cheio de compromissos (daqueles que a gente insiste em tentar ser tudo o que quer ser). Achei a sinopse interessante e foi isso. Mas, depois, em vários momentos da minha vida essa mesma frase vinha na minha cabeça "eu não sou tudo o que quero ser" e lembro da produção da Libuše Jarcovjáková (que eu ainda não assisti) e sempre uma foto em preto e branco vem na minha mente (que vi na divulgação).
Cada vez que isso me passa pela cabeça, parece que compartilho uma constatação leve da vida - triste apenas na medida do nosso apego, poética na suficiência das nossas estéticas. Cada vez que não consigo seguir meu compromisso de ir à academia, cada vez em que a minha lista de filmes para ver ou livros para ler me prova que eu nunca darei conta, cada vez que acendo um cigarro e me dou por rendido à completa aceitação de que "eu não sou tudo o que quero ser".
Na tradução mais literal parece que o título ficaria "Ainda não sou quem eu quero ser". Acho que pessoalmente eu prefiro a tradução. Gosto da afirmação de "Eu não sou o que quero ser". E gosto da palavra "quero" no lugar de "posso". Acho que dá um conflito interessante em a gente não ser quem quer ser e ao mesmo tempo ao ser o que a gente ja é - somos profundamente o que queremos, mesmo que mais guiados pelo nosso inconsciente do que aquele querer consciente: recortado e clivado na cultura e nas percepções racionais. Bem, o lance é dar um jeito logo de encontrar esse filme para assistir (e agora, como? onde?).
Que grata surpresa ao dar um Google encontrar este seu texto. Tão bonito, tão interessante, tão conectado com o que entendo ser o papel da arte na vida ordinária - pelo processo de (e não pelo resultado de). Vou te acompanhar! Um beijo.
tão feliz que cai nesse texto! amei a reflexão sobre a nossa necessidade tão pulsante de documentar a vida e, por ter sido apresentada ao documentário, não vejo a hora de assisti-lo! p.s. como eu não sabia desse site do Sesc cinema em casa???? MUITO obrigada!!!!
Esse site do sesc é incriveeeel! Tem sempre muito filme bom lá que a gente não acha fácil em outros lugares. Muito obrigada, Isis! Que bom o texto te encontrou também ❤️
Vi o doc semana passada e adorei ler suas impressões!
Aaah, que bom que gostou, Babi! Muito obrigada 😍
Esse livro da Susan Sontag está aparecendo à todo momento pra mim, seja na Internet ou na vida fora dela, sinal de que preciso o ler. Adorei o texto e suas reflexões, fiquei muito curiosa pelo filme! 🤩
Hahaha ele é ótimo! E ainda mais nos tempos de hoje com as imagens sendo tão presentes na nossa vida, continua tão atual quanto antes. As vezes fico tentando imaginar o que a Susan Sontag pensaria das redes sociais haha 👀
Muuuito obrigada Thays! ❤️
Acabei de ler a edição e fui assisti o doc. Volto agora para agradecer, tanto o texto quanto a indicação do filme. Adorei. Em alguns momentos me lembrou algumas reflexões de A paixão segundo G.H.
Muito bom!!
Um beijo.
Aah, fico muito feliz Ludmila! Muito obrigada ❤️❤️