Lu, acabo falhando em comentar aqui porque sempre demoro para ver os filmes e os temas se perdem nesse rebuliço louco do dia a dia, mas curto demais a forma como você escreve e enxerga a vida :)
Também fui muito tocada por esse filme e posso dizer que também passei por esse ciclo de me inspirar tanto na rotina do personagem ao ponto disso me causar ansiedade. Vi o filme num domingo e acordei na segunda determinada a viver "dias perfeitos", com atenção e intenção, aproveitando cada segundo... nem preciso dizer que não durou nada e já na sexta, na terapia, comentei sobre essa frustração. Minha terapeuta falou que estar presente e aproveitar a vida ao redor é bem diferente de enfileirar atividades que eu acho que preciso cumprir para ter esse dia ideal, e com esse tapa na cara voltei pra casa.
No fim, é um exercício de presença e leveza, entender que existe esforço em priorizar aquilo que é importante, mas também é importante ver que aquilo que importa provavelmente já faz parte do nosso dia, tá logo ali do lado, a gente só precisa olhar ao redor e reconhecer.
Aah, muito obrigada Anna! É uma honra saber que você gosta das edições! Amo amo os seus textos, eles sempre me fazem pensar muito e dialogam com várias coisas que eu também estou passando. É daqueles e-mails que eu paro para ler com calma e com um cafezinho <3
Ai, esse tapa bateu aqui! Compartilho dessa ansiedade haha. Às vezes eu entro em umas piras de escrever listas com tudo que eu tenho que fazer no dia, para "aproveitar" de tudo um pouco e ai é claro que passa alguns dias e eu estou lá noiada e irritada porque as coisas saíram do lugar e não "deu tempo de fazer tudo". Adorei sua terapeuta haha.
Concordo totalmente com você. É muito fácil a gente se perder em um controle excessivo e se esquecer do que já está aqui ao redor, né?
“Tenho certeza que ele não fica ali quantificando o que ele quer fazer, se cobrando para alcançar aquilo”. Que sensível seu olhar, Luisa. Mais um texto incrível.
E muito obrigada pela menção aqui, fiquei muito feliz!
Pulei tudo pra saber como vc tinha me citado - porque ainda n vi o filme e não queria te ler antes de vê-lo. Muito obrigada, viu? E a lista de links de texto tá incrível, uma honra estar ali. Devo ver o filme sexta, aí venho aqui de novo. beijo
Pensei muitas coisas sobre o filme, mesmo tendo achado ele tocantemente bonito… Não consigo me furtar de pensar que é a beleza da vida de um homem que aparentemente escolheu viver só (que inclusive nem vai visitar o pai institucionalizado). A nuance do gênero me pega demais tbm pra pensar no direito a cidade, de passear sem ser importunada e de maneira segura. Ele tbm parece (pela fisionomia) que foi um homem jovem de bons acessos, seus dentes estão inteiros, sua pele tem vivacidade… Pensei mais uma renca de coisas, depois tento escrever melhor. O que mais gostei são as paisagens e a calma em suas leituras. Beijo.
Concordo com você, Paula. Eu fiquei pensando muito também se tudo isso seria possível em outro país, onde exista um descaso maior com o espaço público e onde esse trabalho de limpeza seja mais precarizado e inferiorizado do que ali. Será que uma vida trabalhando dessa forma, sem nunca ter tido outra escolha, deixaria olhar para os dias com tanta contemplação? As relações familiares que aparecem ali me fizeram pensar que a vida dele antes deve ter sido de muitos excessos e que se limitar ao que é essencial talvez tenha sido o maior caminho de cura que ele conseguiu encontrar... ainda assim o gênero perpassa isso o tempo todo né? Ninguém questiona os caminhos escolhidos pelo homem solitário, ninguém exige que ele se dedique à família da mesma forma e a vida no espaço público é muito mais fácil - desde o próprio emprego até as pequenas saídas que ele faz à noite. Dá para ir longe mesmo nas conversas de todos os aspectos sociais que envolvem o filme. Gosto quando os filmes abrem esse leque tão imenso de coisas possíveis para pensar e conversar (e quando tem essa calmaria e as paisagens lindas, melhor ainda haha).
Muito obrigada por ter trazido essas reflexões, Paula! Vou adorar ler o que mais você pensou <3
Estou te devendo um comentário na newsletter há um tempo, de vários textos que li e me senti conectada para não tinha tempo de responder. Tempo, esse bem tão precioso e que parece tão constantemente escasso. Eu também vivo na armadilha da pressa, de planejar mais do que consigo fazer no dia, de escorregar na agenda e me perder por horas vendo uma série porque de repente estava cansada. Cansada não tanto de fazer, mas da cobrança de querer fazer tanto. Desde que vi Dias Perfeitos, tenho estado fascinada com o equilíbrio atingido por Hirayama em sua rotina, e tentado aprender com o filme o que posso incorporar na minha. Ou melhor colocando, o que posso retirar dela. Obrigada por ter colocado em palavras tanto do que eu também senti com o filme e tenho sentido com a vida nos tempos de hoje..
"Cansada não tanto de fazer, mas da cobrança de querer fazer tanto". Sei exatamente o que você quer dizer, Janaína. É a cabeça que não para nunca, né? Mesmo quando as coisas já acabaram, mesmo quando o tempo de descanso, por menor que seja, pode existir ali entre uma coisa e outra. Sigo nesses mesmos aprendizados que você por aqui, às vezes conseguindo e às vezes tropeçando, mas o filme vai voltando à mente e dá vontade de continuar tendo aquela sensação boa de novo. Mas a gente vai seguindo e quem sabe um dia consiga também um equilíbrio com a nossa cara. Muito obrigada você pelo comentário, pela leitura desse texto e dos vários outros, e por estar aqui mesmo quando o tempo tem sido escasso. Fico muito feliz que o que eu escrevo tenha gerado essa conexão por aí e materializado os sentimentos com o filme. Obrigada <3
luisa, eu tava terminando de assistir o filme agorinha a tarde e pensando "vou procurar se tem algum texto sobre dias perfeitos no andanças, certeza que tem algo bonito sobre o filme lá". pois eu abri o celular pra checar a caixa de email e tinha uma notificação, há 13 minutos, sobre o seu novo post. as coincidências perfeitas dos dias. achei tão :') e como sempre, amei a sua percepção do filme, me identifiquei muito com a leitura. obrigada por sempre compartilhar olhares gentis pelas nossas andanças!
Gente, que coincidência maravilhosa! haha. Às vezes parece que tudo está em uma sintonia tão incrível, né? Fiquei passada que a edição chegou logo que você terminou o filme, que demais. Fico muito feliz que tenha gostado e também por ter lembrado da newsletter durante o filme! Muito obrigada pelo carinho, Nathália! <3
Eu amo quando os filmes antecipam pensamentos que ainda não concluímos que estamos tendo. Ainda não assisti ao filme, mas que questiono já, pelo seu post, que feliz será quem souber viver de verdade, sem influência de redes sociais digitais, sem a ideia de SER alguém para a sociedade, sem crises diárias de ansiedade e stress, e simplesmente entender como ser alguém para você mesmo, integralmente. Vivendo como se todos os dias fossem perfeitos, porque podem ser sim! Wow! Preciso assistir! Acho que sou o público alvo :)
Gostei muito do que você escreveu, Giovanna! Acho que o filme traz bem isso mesmo, essa coisa de "como entender como ser alguém para você mesmo" e é uma das coisas mais bonitas de se ver, com toda a calma e tranquilidade que o filme traz. Acho que você vai gostar bastante! Depois me conta o que achou :)
Espetacular! Obrigada por compartilhar. Dias Perfeitos me tocou de forma impressionante também.
É um filme incrível né? Obrigada você Eulália 🥰
Lu, acabo falhando em comentar aqui porque sempre demoro para ver os filmes e os temas se perdem nesse rebuliço louco do dia a dia, mas curto demais a forma como você escreve e enxerga a vida :)
Também fui muito tocada por esse filme e posso dizer que também passei por esse ciclo de me inspirar tanto na rotina do personagem ao ponto disso me causar ansiedade. Vi o filme num domingo e acordei na segunda determinada a viver "dias perfeitos", com atenção e intenção, aproveitando cada segundo... nem preciso dizer que não durou nada e já na sexta, na terapia, comentei sobre essa frustração. Minha terapeuta falou que estar presente e aproveitar a vida ao redor é bem diferente de enfileirar atividades que eu acho que preciso cumprir para ter esse dia ideal, e com esse tapa na cara voltei pra casa.
No fim, é um exercício de presença e leveza, entender que existe esforço em priorizar aquilo que é importante, mas também é importante ver que aquilo que importa provavelmente já faz parte do nosso dia, tá logo ali do lado, a gente só precisa olhar ao redor e reconhecer.
beijos!
Aah, muito obrigada Anna! É uma honra saber que você gosta das edições! Amo amo os seus textos, eles sempre me fazem pensar muito e dialogam com várias coisas que eu também estou passando. É daqueles e-mails que eu paro para ler com calma e com um cafezinho <3
Ai, esse tapa bateu aqui! Compartilho dessa ansiedade haha. Às vezes eu entro em umas piras de escrever listas com tudo que eu tenho que fazer no dia, para "aproveitar" de tudo um pouco e ai é claro que passa alguns dias e eu estou lá noiada e irritada porque as coisas saíram do lugar e não "deu tempo de fazer tudo". Adorei sua terapeuta haha.
Concordo totalmente com você. É muito fácil a gente se perder em um controle excessivo e se esquecer do que já está aqui ao redor, né?
Muito obrigada pelo comentário <3
Beijos!
Meditação em forma de filme ✨
“Tenho certeza que ele não fica ali quantificando o que ele quer fazer, se cobrando para alcançar aquilo”. Que sensível seu olhar, Luisa. Mais um texto incrível.
E muito obrigada pela menção aqui, fiquei muito feliz!
Ah, fico muito feliz que tenha gostado, Carolina, ainda mais por você ter escrito um texto tão bonito sobre ele! Muito obrigada <3
Pulei tudo pra saber como vc tinha me citado - porque ainda n vi o filme e não queria te ler antes de vê-lo. Muito obrigada, viu? E a lista de links de texto tá incrível, uma honra estar ali. Devo ver o filme sexta, aí venho aqui de novo. beijo
Pensei muitas coisas sobre o filme, mesmo tendo achado ele tocantemente bonito… Não consigo me furtar de pensar que é a beleza da vida de um homem que aparentemente escolheu viver só (que inclusive nem vai visitar o pai institucionalizado). A nuance do gênero me pega demais tbm pra pensar no direito a cidade, de passear sem ser importunada e de maneira segura. Ele tbm parece (pela fisionomia) que foi um homem jovem de bons acessos, seus dentes estão inteiros, sua pele tem vivacidade… Pensei mais uma renca de coisas, depois tento escrever melhor. O que mais gostei são as paisagens e a calma em suas leituras. Beijo.
Concordo com você, Paula. Eu fiquei pensando muito também se tudo isso seria possível em outro país, onde exista um descaso maior com o espaço público e onde esse trabalho de limpeza seja mais precarizado e inferiorizado do que ali. Será que uma vida trabalhando dessa forma, sem nunca ter tido outra escolha, deixaria olhar para os dias com tanta contemplação? As relações familiares que aparecem ali me fizeram pensar que a vida dele antes deve ter sido de muitos excessos e que se limitar ao que é essencial talvez tenha sido o maior caminho de cura que ele conseguiu encontrar... ainda assim o gênero perpassa isso o tempo todo né? Ninguém questiona os caminhos escolhidos pelo homem solitário, ninguém exige que ele se dedique à família da mesma forma e a vida no espaço público é muito mais fácil - desde o próprio emprego até as pequenas saídas que ele faz à noite. Dá para ir longe mesmo nas conversas de todos os aspectos sociais que envolvem o filme. Gosto quando os filmes abrem esse leque tão imenso de coisas possíveis para pensar e conversar (e quando tem essa calmaria e as paisagens lindas, melhor ainda haha).
Muito obrigada por ter trazido essas reflexões, Paula! Vou adorar ler o que mais você pensou <3
Estou te devendo um comentário na newsletter há um tempo, de vários textos que li e me senti conectada para não tinha tempo de responder. Tempo, esse bem tão precioso e que parece tão constantemente escasso. Eu também vivo na armadilha da pressa, de planejar mais do que consigo fazer no dia, de escorregar na agenda e me perder por horas vendo uma série porque de repente estava cansada. Cansada não tanto de fazer, mas da cobrança de querer fazer tanto. Desde que vi Dias Perfeitos, tenho estado fascinada com o equilíbrio atingido por Hirayama em sua rotina, e tentado aprender com o filme o que posso incorporar na minha. Ou melhor colocando, o que posso retirar dela. Obrigada por ter colocado em palavras tanto do que eu também senti com o filme e tenho sentido com a vida nos tempos de hoje..
"Cansada não tanto de fazer, mas da cobrança de querer fazer tanto". Sei exatamente o que você quer dizer, Janaína. É a cabeça que não para nunca, né? Mesmo quando as coisas já acabaram, mesmo quando o tempo de descanso, por menor que seja, pode existir ali entre uma coisa e outra. Sigo nesses mesmos aprendizados que você por aqui, às vezes conseguindo e às vezes tropeçando, mas o filme vai voltando à mente e dá vontade de continuar tendo aquela sensação boa de novo. Mas a gente vai seguindo e quem sabe um dia consiga também um equilíbrio com a nossa cara. Muito obrigada você pelo comentário, pela leitura desse texto e dos vários outros, e por estar aqui mesmo quando o tempo tem sido escasso. Fico muito feliz que o que eu escrevo tenha gerado essa conexão por aí e materializado os sentimentos com o filme. Obrigada <3
luisa, eu tava terminando de assistir o filme agorinha a tarde e pensando "vou procurar se tem algum texto sobre dias perfeitos no andanças, certeza que tem algo bonito sobre o filme lá". pois eu abri o celular pra checar a caixa de email e tinha uma notificação, há 13 minutos, sobre o seu novo post. as coincidências perfeitas dos dias. achei tão :') e como sempre, amei a sua percepção do filme, me identifiquei muito com a leitura. obrigada por sempre compartilhar olhares gentis pelas nossas andanças!
Gente, que coincidência maravilhosa! haha. Às vezes parece que tudo está em uma sintonia tão incrível, né? Fiquei passada que a edição chegou logo que você terminou o filme, que demais. Fico muito feliz que tenha gostado e também por ter lembrado da newsletter durante o filme! Muito obrigada pelo carinho, Nathália! <3
eu tento muito manter a organização da minha rotina, mas a vida de vez em quando vem e bagunça tudo...
É sempre um eterno aprendizado para entender como navegar, né?
Eu amo quando os filmes antecipam pensamentos que ainda não concluímos que estamos tendo. Ainda não assisti ao filme, mas que questiono já, pelo seu post, que feliz será quem souber viver de verdade, sem influência de redes sociais digitais, sem a ideia de SER alguém para a sociedade, sem crises diárias de ansiedade e stress, e simplesmente entender como ser alguém para você mesmo, integralmente. Vivendo como se todos os dias fossem perfeitos, porque podem ser sim! Wow! Preciso assistir! Acho que sou o público alvo :)
Gostei muito do que você escreveu, Giovanna! Acho que o filme traz bem isso mesmo, essa coisa de "como entender como ser alguém para você mesmo" e é uma das coisas mais bonitas de se ver, com toda a calma e tranquilidade que o filme traz. Acho que você vai gostar bastante! Depois me conta o que achou :)
Obrigada pelo comentário <3
"Faz com que não aproveite bem o que agora e sofra com antecipação por medos que, na maior parte das vezes, nunca se concretizam."
senti isso ai
é sempre complicado né :(